Percurso evolutivo da PHDA – sinais e sintomas
0-2 ANOS
- Índice de APGAR inferior a 7
- Descargas mioclónicas durante o sono
- Problemas no ritmo do sono e da alimentação
- Períodos curtos de sono e despertares sobressaltados
- Resistência aos cuidados habituais
- Reatividade elevada a estímulos auditivos
- Irritabilidade constante.
2-3 anos
- Maturidade da linguagem expressiva
- Atividade motora excessiva
- Escassa consciência do perigo
- Propensão para sofrer acidentes
4-5 anos
- Problemas de adaptação social (e.g., pares, educadores, familiares)
- Desobediência social
- Dificuldade em obedecer e seguir normas
- Necessidade que os seus desejos sejam concretizados imediatamente
Após 6 anos
- Impulsividade
- Défice da atenção
- Insucesso escolar
- Comportamentos de inadequação social
- Hipercinesia
Próximo da adolescência
- Excesso da atividade motora diminui
- Impaciência
- Insucesso escolar
- Desmotivação em geral
- Sensação de sonhar acordado Adolescência e idade adulta
- Procrastinação
- Não obediência ao dever
- Evitamento de atividades que sejam mentalmente exigentes
- Impaciência
- Agitação interior
- Dificuldade no planeamento e organização e do cumprimento de prazos
- Perder o interesse rápido em conversas
- Antecipar-se e concluir a ideia do outro
- Esquecer-se das conversas e, consequentemente voltar a questionar
Como diagnosticar PHDA?
- Entrevista clínica e anamnese desde do nascimento.
- Observação in vivo.
- Avaliação psicológica por instrumentos validados e aferidos para a população portuguesa.
- Existem provas de avaliação psicológica para crianças e adultos.
- Elaborar diagnóstico diferencial, sobretudo em Perturbações que possam ser confundias com as manifestações da PHDA, como perturbações da ansiedade, consumo de tóxicos, perturbação de oposição e perturbação do comportamento.
Como atuar?
- Estabelecer rotinas: as rotinas ajudam a criança a prever o que pode acontecer e isso deixa-as mais seguras.
- Os cuidadores devem utilizar pistas visuais e ir dando recados. As crianças com PHDA têm uma perceção diferente do tempo do que outras crianças sem este diagnóstico. É difícil para as crianças com PHDA terem tarefas que exijam uma atenção maior.
- As crianças com PHDA costumam ter défices no córtex pré-frontal que comanda a parte das funções executivas. Muitas vezes, injustamente lhes chamam de “trapalhonas”)
- As ordens devem ser curtas, repetidas e com referência sempre ao exterior (exemplo: não dizer à criança que tem 20 minutos para brincar e que depois terá que tomar banho e que vai jantar às 20h). Ela irá perder informação e aumentar a sua frustração e dos seus cuidadores. Pode dizer assim: mal termine o jogo vamos tomar banho.
- As crianças com PHDA não devem ser chamadas a atenção (principalmente em público) pela inquietude, impulsividade e hiperatividade. Trata-se de um distúrbio, em que a criança não consegue controlar. Por vezes, os cuidadores e os outros interpretam estes sinais como “falta de educação”. Não é.
- As crianças com PHDA têm necessidade de se levantar, pela agitação, impulsividade que sentem. Necessitam de intervalos frequentes.
- As tarefas longas devem ser divididas em forma faseada.
- Utilizar a técnica autoinstução verbal (normalmente ensinado em terapia).
- Algumas crianças com PHDA recebem muita informação ao mesmo tempo, externa ou interna (através de pensamentos e fantasias) e podem ter uma hipersensibilidade aos estímulos luminosos e sonoros, pelo que se deve utilizar a parte sensorial: para, escuta e olha.
- Os cuidadores devem ser um modelo para os filhos. Por exemplo, não podem dizer a gritar que eles não podem gritar.
- Utilizar muito o reforço positivo, mesmo pela mais pequena coisa. As crianças com PHDA normalmente sentem a sua autoestima em baixo, pois são alvo de comentários e reparações constantes do seu comportamento. Não têm culpa e não conseguem controlar sem ajuda médica e psicológica.
- O Psicólogo pode avaliar a criança se houver suspeita de PHDA e fazer um relatório com medidas curriculares ajustadas à idade da criança e ao seu perfil para que possa atingir o seu potencial máximo de acordo com as dificuldades que sente.